“Foi surpreendente quando a gente soube que a Mineradora estava em nossas terras. Uma das coisas que mais nos chateou é que é uma área nossa, estamos lá há centena de anos e a empresa começou o trabalho e nem sequer conversou com a gente. Nós jamais vamos chegar no território de outro e invadir assim, sem permissão. Ficamos revoltados! A empresa e nem o ICMBio lembrou das comunidades antes de começar o trabalho” Domingos Printes, liderança do Quilombo Abuí, coordenador da ARQMO e da CEQMO.
A Mineração Rio do Norte (MRN) conta diversas concessões de lavra emitidas pelo DNPM incidentes em terras quilombolas. Cálculos iniciais indicam que cerca de 43.000 hectares das concessões da MRN estão sobrepostos às terras quilombolas Alto Trombetas, Jamari/Último Quilombo e Moura, todas as três em processo de regularização pelo Incra.

 

Em junho de 2012, como primeira etapa do plano de exploração dos platôs Cruz Alta, Cruz Alta Leste, Peixinho e Rebolado, a MRN iniciou pesquisas geológicas dentro dos limites das terras quilombolas sem consulta ou informação prévia. Desde então, os quilombolas vêm denunciando o problema e promovendo uma campanha pela paralisação dos estudos.
Confira em no site da Comissão Pró-Índio a cronologia do caso e os impasses que cercam a realização da consulta prévia.
http://www.quilombo.org.br/#!expansao-mrn/c1j4n