O programa Direito a Terra, Água e Território (DTAT) realizará a oficina “Mudanças Climáticas e o Direito a Terra, Água e Território” em São Paulo nos dias 7 e 8 de junho. O objetivo é ampliar a capacidade das organizações parceiras do programa de compreender e atuar em relação às mudanças climáticas. O DTAT é constituído pela a agência de cooperação holandesa ICCO e um grupo de 14 organizações no Brasil.
A oficina contará com a participação de cerca de 30 pessoas, vindas das regiões Norte, Nordeste, Sul e Sudeste do Brasil. São líderes quilombolas, líderes Guarani, pescadores, agricultores, entre outras pessoas que lidam diretamente com as consequências das mudanças climáticas em suas regiões. “Temos como objetivo levar informações de qualidade até os parceiros do programa. Feito isso, cada participante terá capacidade de ajudar sua organização a se posicionar diante das questões relacionadas ao tema”, explica Augusto Marcos Santiago, assessor de Projetos da Coordenadoria Ecumênica de Serviço (CESE), um dos organizadores do evento.
Compreender o tema das mudanças climáticas em todos os seus múltiplos aspectos é um desafio. “A oficina espera contribuir para que os membros do DTAT estejam melhor preparados para influenciar os debates sobre mudanças climáticas”, declara Lúcia Andrade, da Comissão Pró-Índio de São Paulo (CPI-SP), uma das organizadoras do evento. A partir desta formação, espera-se que a visão e os direitos de indígenas, quilombolas, pescadores, trabalhadores rurais sejam levados em conta nos acordos e na definição de políticas sobre as mudanças climáticas.
Entre os palestrantes do evento estão o cientista político Sérgio Abranches, que também é comentarista da rádio CBN; a coordenadora do Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Rachel Biderman; o presidente do Grupo de Trabalho da Amazônia, Rubens Gomes; o consultor sênior do Ministério do Meio Ambiente, Tasso Azevedo; e o assessor interino de advocacy da Oxfam Internacional, Márcio Pontual.
As causas e consequências das mudanças climáticas para os povos indígenas, comunidades tradicionais e agricultores familiares será um dos principais temas trabalhados, além da Política Nacional de Mudanças Climáticas e REDD (Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação). O debate irá se ampliar para os biomas além do amazônico, como cerrado e caatinga.
Promoção da oficina: Programa Direito a Terra, Água e Território
Organização da oficina: CESE e Comissão Pró-Índio de São Paulo
Financiador: Aliança ICCO