Entrevista da jornalista Cristina Serra com autor Luiz Jardim Wanderley marca o lançamento do livro que analisa impactos, riscos e incertezas que envolvem o maior complexo de barragens de mineração na Amazônia
A Comissão Pró-Índio de São Paulo convida para o lançamento do livro “Barragens de Mineração na Amazônia: o rejeito e seus riscos associados em Oriximiná”, de autoria de Luiz Jardim Wanderley, professor do Departamento de Geografia da Universidade Federal Fluminense e coordenador do Grupo Pesquisa e Extensão Política, Economia, Mineração Ambiente e Sociedade (POEMAS).
O evento virtual acontece no dia 1º de junho, às 18h30, e contará com entrevista do autor à jornalista Cristina Serra – colunista da Folha de S. Paulo e autora do livro “Tragédia em Mariana – A história do maior desastre ambiental do Brasil”.
Serão transmitidas as mensagens enviadas pelo quilombola Amarildo de Jesus e a ribeirinha Fátima Viana Lopes que vivem à jusante das barragens e sentem diariamente a insegurança trazida por elas.
Inscreva-se aqui para acompanhar o evento. As primeiras 100 pessoas inscritas receberão um exemplar impresso gratuito.
Barragens representam risco para ribeirinhos e quilombolas
Barragens de mineração são estruturas de risco e já produziram grandes desastres ambientais e humanitários, como os de Mariana e Brumadinho. Em Oriximiná, no Pará, quilombolas e ribeirinhos vivenciam um cotidiano de insegurança diante do maior complexo de barragens da Amazônia.
São 26 barragens instaladas em um único local pela maior produtora de bauxita do Brasil, a Mineração Rio do Norte (MRN). A empresa – que tem como acionistas as maiores corporações de mineração do mundo (Vale, Rio Tinto e Alcoa, entre outras) – é a quarta maior mineradora do país em número de barragens. Duas das barragens encontram-se a apenas 400 metros do Quilombo Boa Vista.
No evento de lançamento, Luiz Jardim e Cristina conversarão sobre as principais constatações do livro que analisa diversos aspectos da gestão de rejeitos da MRN desde os primeiros anos de operação da empresa (quando os rejeitos foram lançados diretamente no Lago Batata) até cenário atual de 26 barragens (sendo 7 delas de alto Dano Potencial Associado) e a projeção de instalação de mais 16 novas barragens.
CPI-SP atua em parceria com ribeirinhos e quilombolas
A Comissão Pró-Índio de São Paulo tem apoiado as comunidades quilombolas e ribeirinhas de Oriximiná em suas reivindicações para garantir a própria segurança frente às barragens. Além de contribuir com a sua luta para obter transparência e participação social nos processos de decisão relativos às barragens da MRN, que afetam diretamente seu modo de vida.
Este livro é mais uma iniciativa nessa direção. Seu objetivo é tornar a realidade das barragens de mineração de Oriximiná mais conhecida e melhor compreendida. Além de contribuir com o debate mais amplo sobre os custos socioambientais da mineração na Amazônia.
Evento – Lançamento do livro “Barragens de Mineração na Amazônia: o rejeito e seus riscos associados em Oriximiná”
Transmissão: Canal da Comissão Pró-Índio no YouTube
Data: 1º de junho de 2021
Horário: 18:30h