De acordo com a cartilha da Coordenação Nacional de Entidades Negras (Conen), “no Brasil, os negros e as negras têm maior participação entre aqueles mais vulneráveis na sociedade.”

Com o objetivo de chamar a atenção para quem são os principais afetados no Brasil pelo Coronavírus e suas consequências econômicas, a Coordenação Nacional de Entidades Negras (CONEN) lançou em abril a cartilha “Covid-19: Salvar Vidas e Garantir Direitos da População Negra”.

No documento, a entidade aponta que “se em momentos de “bonança” negros e negras se encontram em um patamar mais vulnerável em termos de garantias de emprego, renda e acesso aos direitos sociais, em momentos de crise – sem que medidas eficazes sejam tomadas – negros e negras também se veem mais prejudicados.”

Em uma perspectiva da interseccionalidade, a publicação lembra que as populações quilombola e ribeirinha vivenciam invasões em seus territórios ou pressão para remoção forçada, como os quilombolas em Alcântara, no Maranhão. “Quanto a quilombolas e ribeirinhos, vale apontar que esta população sofre de extrema vulnerabilidade em critérios socioeconômicos. É importante frisar que, em plena pandemia, o governo Bolsonaro pretende remover quilombolas (aqueles que de forma brutalmente racista comparou a gado) no Maranhão, na região de Alcântara”.

O documento pode ser baixado aqui.

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