O município assiste a uma vertiginosa expansão do coronavírus. De 24 a 31 de maio, os casos confirmados em Oriximiná mais que dobraram.
Foto: Carlos Penteado
Essa semana, foram confirmados os três primeiros casos de quilombolas com a COVID-19 em Oriximiná, no Pará. Duas mulheres da comunidade Santo Antônio do Abuí estão internadas em leitos de isolamento do Hospital da Mineração Rio do Norte, na vila da empresa Porto Trombetas. O terceiro caso é de um quilombola do Palhal que presta serviços na vila da mineradora e que, no momento, está cumprindo isolamento em sua casa na comunidade. Todos apresentam sintomas moderados da doença.
Ao longo de maio, o município de Oriximiná vivenciou um grande aumento de casos. No início do mês, eram apenas seis casos confirmados. Já em 31 de maio, a Prefeitura de Oriximiná informava 234 casos de COVID-19 no município, com 18 internações, e 15 mortes.
Evolução dos casos de COVID-19 em Oriximiná desde 24/03/20. Fonte: Prefeitura de Oriximiná
Medidas de Prevenção
Em parceria com as associações quilombolas e ribeirinhas, a Comissão Pró-Índio de São Paulo vem promovendo a distribuição de máscaras de pano e orientações de como lidar com os doentes em tratamento domiciliar em Oriximiná.
Foram disponibilizadas, até o momento, 5.300 kits de máscaras e folhetos informativos para distribuição nas comunidades pela Associação das Comunidades das Glebas Trombetas e Sapucuá, Associação da Comunidade Remanescente de Quilombo da Boa Vista, Associação Quilombola Mãe Domingas (Alto Trombetas 1) e a Associação das Comunidades Remanescentes de Quilombos do Município de Oriximiná.