Fonte: Portal Brasil
A Fundação Nacional do Índio (Funai) acompanha a aplicação de testes rápidos para o diagnóstico de covid-19 na população indígena no estado de São Paulo, onde vivem cerca de 6 mil indígenas. As ações são realizadas pelas equipes técnicas do Instituto Butantan e das secretarias de Saúde estadual e municipais.
Nessa quinta-feira (9), as equipes realizaram a aplicação dos testes rápidos na aldeia Rio Branco, município de Itanhaém, e, nesta sexta-feira (10), irão atuar na aldeia Takuarity, em Cananéia. A aplicação dos testes teve início nas aldeias da Baixada Santista, em São Vicente e em Mongaguá, nos dia 6 e 8, respectivamente.
“Todas as aldeias do estado poderão ser beneficiadas, desde que concordem com a realização da testagem”, pontua a chefe do Serviço de Promoção dos Direitos Sociais e Cidadania (Sedisc) da unidade da Funai, Karina Ono.
A ação prevê a testagem massiva com aplicação dos testes rápidos. Estes testes apontam, em cerca de 20 minutos, se há presença de vírus ativo (IgM) e se houve contato anterior com o vírus (IgG). Caso haja resultado positivo para o IgM, é realizada imediatamente a coleta para um segundo exame, o RT-PCR. A análise do material coletado é feita em laboratório em São Paulo (SP), e encaminhado via Vigilância Epidemiológica do município.
A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, que também compõe a ação, é responsável por articular com as unidades básicas de saúde do município para acompanharem a ação e fazerem os encaminhamentos dos eventuais exames RT-PCR.
Na avaliação de Karina Ono, “o isolamento, entretanto, é a etapa mais desafiadora da ação, devido à ausência ou dificuldade de adaptação em estruturas prévias nas aldeias e a manutenção de um eventual espaço, com fornecimento de alimentação, camas/leitos, adaptação de banheiros com chuveiros, cozinha, cuidados médicos e transporte à rede estadual em casos graves. É fundamental uma atuação conjunta entre Sesai, Funai, Secretarias de Estado e Municípios para garantir locais adequados de isolamento nas aldeias”, relata.