Publicação da Comissão Pró-Índio de São Paulo problematiza a qualidade da alimentação oferecida nas escolas e seu papel na garantia da soberania alimentar dos povos indígenas

No início dos anos 2000, enquanto a Comissão Pró-Índio realizava atividades específicas com as mulheres Guarani no Estado de São Paulo, elas chamaram a atenção para o desafio que representava para os homens e mulheres indígenas assegurar sua alimentação. Mais recentemente, a partir de 2014, quando iniciativas com as mulheres foram retomadas, realizando as vivências de cozinhar, elas alertaram, mais uma vez, para uma questão relevante que não estava no foco de ação: a necessidade e a importância de adequar a alimentação oferecida nas escolas indígenas.

Sem desconsiderar a centralidade da demarcação de suas terras, as mulheres trouxeram ao debate um desafio premente e que, no caso de São Paulo, não se encerra com a demarcação, já que muitas vezes as terras regularizadas não apresentam as adequadas condições ambientais. O assunto assume especial importância para os povos indígenas em São Paulo que vivenciam uma realidade de insegurança alimentar na qual a escola constitui um importante canal para reforçar a alimentação das crianças e dos jovens.

“Alimentação nas escolas indígenas – desafios para incorporar práticas e saberes” objetiva compartilhar com um público mais amplo as reflexões suscitadas nesses momentos e, assim, motivar as necessárias mudanças nos atuais cardápios escolares. Compartilhando saberes e sabores, as mulheres e os homens indígenas mostram o valor da cultura alimentar tradicional e as lições que precisam ser escutadas pelas instâncias oficiais e pela população.

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Alimentação nas escolas indígenas – desafios para incorporar práticas e saberes
Comissão Pró-Índio de São Paulo
Texto: Carolina Bellinger & Lúcia M. M. de Andrade
Apoio Financeiro: Christian Aid e DKA Áustria
Número de páginas: 44

Dimensão: 21 X 28 cm