Fonte: Jornal da USP
Eunice Paiva tornou-se um ícone da resistência à ditadura (1964-1985) com o belo livro de Marcelo de 2015, e com o filme magnífico de 2024, ambos com o título Ainda estou aqui. Entre muitos temas, em cenas breves, ali aparece a magnitude de Eunice jurista em defesa dos povos indígenas.
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Na Comissão Pró-Índio de São Paulo (CPI-SP), fundada em 1978, a presença de Eunice era marcante. Foi em casa de Eunice que conheci Ailton Krenak, talvez nesta época. Eunice insistia em me apresentar a “um rapaz brilhante, excepcional, indígena de Minas Gerais”. A CPI-SP era o centro de debates, parcerias, figuras indígenas, aula para a antropóloga aprendiz que eu era, seguidora de Carmen Junqueira.