Lideranças querem que benefícios cheguem de fato às comunidades. Cerca de 60 pessoas participaram de evento promovido pelo ISA, GTA e WWF
Agricultores familiares, populações indígenas e tradicionais da Amazônia querem que as consultas sobre o regime nacional de redução de emissões por desmatamento e degradação (REDD) sejam ampliadas e cheguem até as organizações e lideranças locais. Exigem ainda ser reconhecidos como os principais beneficiados de qualquer política ou projeto de REDD. Os dois recados foram dados ontem durante a consulta sobre o assunto promovida em Brasília pelo ISA, Grupo de Trabalho Amazônico (GTA) e WWF (confira).
Durante o evento, foram discutidas recomendações que deverão ser encaminhadas ao Ministério do Meio Ambiente (MMA). Desde julho, o órgão conduz uma série de encontros com representantes de organizações da sociedade civil, governos e iniciativa privada para recolher contribuições ao esboço de uma regulamentação nacional para o REDD (saiba mais). O MMA quer finalizar uma proposta em novembro, a pouco mais de um mês do final do governo. Representantes de redes e movimentos sociais amazônicos reivindicaram do ministério custear a vinda de lideranças até Brasília para discutir o assunto, mas não foram atendidos.