Fonte: Diário do Litoral
Conscientizar e brincar com as crianças da Escola Estadual Indígena Aldeia Piaçaguera, na aldeia localizada na Terra Indígena Piaçaguera, em Peruíbe, sobre a importância da alimentação saudável. Esse é o objetivo do Jogo da Alimentação Saudável ou “Tembi`u Porã Nhanhimangaá”, em tupi-guarani.
A professora e vice-diretora da unidade, Lilian Gomes Fernandes Securella, de 55 anos, explica que a ideia surgiu no ano passado, com os professores indígenas da aldeia Piaçaguera. O apoio é da Comissão Pró-índio de São Paulo, responsável pelas ilustrações e a impressão do jogo.
“Nossa ideia surgiu porque na merenda escolar havia alguns alimentos não saudáveis. Tivemos um avanço, pois pedimos à prefeitura de Peruíbe para tirar os alimentos enlatados e industrializados da merenda”, salienta.
Após várias reuniões, inclusive, em uma delas com representantes do MEC, de Brasília, eles discutiram sobre os direitos dos indígenas em ter uma alimentação tradicional. E contaram com o apoio da Comissão Pró-Índio.
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Outro projeto aconteceu no ano passado, na pandemia da Covid-19, para saber a opinião das crianças e adolescentes sobre os prejuízos neste período. Os professores gravaram os depoimentos em podcast e vídeochamadas e foram publicados em um livro. A impressão também foi realizada pela Comissão Pró-Índio.
Com o título “Coronavírus é um bichinho que deixa doente” – o que as crianças indígenas têm a dizer sobre a pandemia Covid-19, a publicação contou com o depoimento de 38 crianças e adolescentes, que moram em seis aldeias da Terra Indígena Piaçaguera, na faixa etária entre 4 e 15 anos, com o auxílio dos educadores.
“Algumas respostas das crianças até nos surpreenderam, como “senti falta da escola”, “senti falta de brincar com os meus amigos”, entre outras”, completa Lilian.