Reunidos em 2 de dezembro, os indígenas definiram os próximos passos para a construção do PGTA.

Terra Indígena Piaçaguera, em Peruíbe-SP (Foto: Carlos Penteado)

Uma importante etapa do processo de elaboração do Plano de Gestão Territorial e Ambiental (PGTA) da Terra Indígena Piaçaguera foi cumprida em 2 de dezembro. No encontro que reuniu moradoras e moradores de diferentes aldeias foi formalizada a decisão de se iniciar a construção coletiva do PGTA, processo que transcorrerá ao longo de 2023 com o apoio da Comissão Pró-Índio de São Paulo.

“Reunir todos os líderes da terra para essa discussão é um avanço, já que a terra pertence a todos. Vejo a preocupação de modo geral com a proteção do nosso território”, celebra Lilian Gomes, liderança da Aldeia Piaçaguera que sediou o encontro.

A Comissão Pró-Índio promoveu durante 2022 as etapas de sensibilização e formação sobre o tema junto às aldeias da Terra Indígena Piaçaguera, culminando na decisão das lideranças pela construção do PGTA.

O processo já alcançou um primeiro resultado: o fortalecimento da articulação das aldeias para planejar o uso do território. “Foi muito importante para a união das comunidades reunir as lideranças, pegar as visões e opiniões delas sobre os assuntos diferentes que são importantes para a discussão do PGTA”, comentou Tenondegua, cacique da Aldeia Tapirema.

Encontro em 2 dezembro na aldeia Piaçaguera (Foto: Patrícia Vaz)

No encontro, ficou acordado que construção do PGTA se dará por meio de grupos temáticos: turismo e artesanato, educação, saúde e espiritualidade, cultura, esporte, conhecimentos e políticas locais, inserção dos jovens e do público LGBT+.

Foto: Carlos Penteado

Diagnóstico do Turismo Indígena em Piaçaguera

O encontro foi encerrado com o lançamento da a publicação “Terra Indígena Piaçaguera – Turismo como movimento de resistência” fruto da parceria entre os indígena e a Comissão Pró-Índio.

Como o turismo é um dos tópicos importantes do PGTA da TI Piaçaguera, esse trabalho já foi considerado uma amostra do que as comunidades podem obter com o plano que será desenvolvido. “Penso na Comissão Pró-Índio como articuladora dessa união do território e que nos faz ver como as coisas acabam acontecendo. A gente vê o resultado, como nesse caso da publicação sobre o turismo”, afirma Itamirim Tupi-Guarani, morubixaba da Aldeia Tabaçu Reko Ypy.

A publicação “Terra Indígena Piaçaguera – Turismo como movimento de resistência” pode ser baixada gratuitamente neste link.

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