Fonte: Maré de Notícias Online

“(…) Ainda que o Brasil tenha reconhecido na Constituição de 1988 e na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, de 1996, o direito dos povos indígenas a uma educação específica, antes mesmo da pandemia a efetivação desse direito já enfrentava desafios. A crise sanitária e de saúde veio para acentuá-los, tanto nas escolas específicas para indígenas quanto nos outros modelos que recebem essa população.

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Na Escola Abá, de Caucaia, no Ceará, a educação indígena, foi moldada ao ensino remoto. A semana de festas tradicionais celebradas no Dia do Índio, por exemplo, foi todas virtuais, encenada pelos próprios professores e transmitida aos alunos. Alternativa semelhante aconteceu em São Paulo. Sem apoio do poder público e com a educação como prioridade, nas aldeias, foi preciso pensar algumas iniciativas foram pensadas, segundo informações da Comissão Pró-Índio de São Paulo.

Na aldeia Bananal, Terra Indígena Peruíbe, por exemplo, as professoras montaram apostila com atividades. ‘A gente montou um grupo de WhatsApp para que as crianças realizassem as atividades nas apostilas e as mães pudessem fotografar e enviar para gente. Isso é feito diariamente e toda dúvida que surge, eles mandam no privado ou podem mandar no grupo mesmo, compartilhando ideias e sugestões e assim a gente vem fazendo’, explica Jaciara de Souza Gomes de Menezes, vice-diretora da E.E.I Aldeia Bananal, no município de Peruíbe.” (…)