Fonte: Ituanos

Vivemos em um mundo controverso. Muitos necessitam de apoio, solidariedade ou de um prato de comida. Principalmente depois que surgiu a pandemia do Coronavírus. Outros tantos vivem sem se preocupar com a carência do próximo. Mas, felizmente, existem pessoas que procuram fazer a diferença ajudando o próximo. E, neste caso que vamos contar, quem faz toda a diferença é uma mulher. E de Itu! Educadora por formação e empresária desde muito jovem, Adelaide Clotilde Binelli Bresciani, ituana, atualmente residindo em Indaiatuba, ilustra a frase “fazer o bem sem olhar a quem”.

Frequentadora da Barra do Ribeira – Praia da Juréia – Iguape/SP, no litoral Sul do estado de São Paulo desde adolescência, quando há 35 anos seu pai construiu um imóvel de veraneio, Adelaide sempre foi apegada ao lugar, pela tranquilidade e pela beleza natural. Em fevereiro, ao ler uma postagem no grupo de frequentadores de Juréia do Facebook, ficou sabendo que os indígenas da etnia Guarany, que moram na aldeia Aldeia Takuaty (Bambu), precisavam de ajuda e estavam passando necessidades, já que, viviam da venda de artesanato para turistas que visitavam o local, mas que, por causa da pandemia não estavam vendendo nada. Os turistas sumiram.

“Logo que vi a postagem em um grupo do Facebook com pedido de ajuda e fotos da visita do Luiz Sant’Anna e sua esposa Beth, entrei em contato com Paulina Para’i para saber se poderia arrecadar doações para entregar na Aldeia, então enviei mensagens para amigas e amigos, fiz uma publicação e as doações começaram a se multiplicar”, contou Adelaide.

Paulina Para’i é uma jovem, casada com Leonardo, também indígena, mãe de duas crianças, uma espécie de líder que cuida de várias pessoas na aldeia. No grupo do Facebook Paulina também pediu ajuda para a construção de casas na Aldeia Ka’Aguy Poty (Flor da Mata), localizada próximo à Icapara – Iguape/SP, para onde pretendiam se mudar, fato que recentemente aconteceu.

Um grupo formado por moradores de várias cidades, entre elas Itu, Sorocaba, São Paulo, Peruíbe e Indaiatuba, fez uma mobilização pela internet e conseguiu materiais que estão ajudando a transformar o sonho de Paulina Pira’i em realidade. As cinco casas já estão sendo construídas e com a ajuda de várias pessoas, sob a liderança de Leonardo.

“Sensibilizados a um pedido feito por Paulina Para’i na rede social, várias pessoas desconhecidas viraram amigos, parceiros e se uniram para realizar um sonho. Conseguiram telhas, cumeeiras, parafusos e tijolos para construir 5 casas. Não tenho o nome de todos os envolvidos, mas a gratidão é imensa”, conta Adelaide.

A casa de Paulina e sua família já está pronta e no feriado do 1º de maio foi visitada por Adelaide Bresciani e seu marido, o também empresário Fernando Fanchini, que apóia e está engajado no auxílio aos indígenas.

Um dos projetos para o futuro é construir no local uma escola, área de banho e cozinha comunitária.

“Nossa, quando vejo que as pessoas estão ajudando, sinto que a nossa vida está mudando pra melhor. Fico emocionada de tanta alegria!”, destaca Paulina Pira’i. “Tinha fé e esperança de que as algumas pessoas iriam me ajudar mas não imaginei que muitas pessoas me ajudariam”, acrescenta a indígena. Com a continuidade da pandemia e perto da chegada do inverno, não há, a curto prazo, um perspectiva de melhora da situação dos indígenas de Juréia, principalmente com relação à venda de artesanato para turistas, que não tem visitado as praias da região. Acredita-se que eles não virão antes da chegada do calor e, ainda assim, caso a pandemia do Coronavírus esteja sob controle.

Portanto, quem tiver interesse em fazer parte dessa corrente do bem e ajudar a comunidade de Paulina Para’i, pode fazer contato diretamente com a indígena pelo Facebook e combinar pessoalmente com ela como fazer a doação. Clique aqui para acessar o perfil da Paulina

A nova aldeia inda precisa de mais doações como camas, colchões, material de construção e gêneros alimentícios de primeira necessidade.