Encontro teve como objetivo ajudar a fortalecer o movimento da juventude quilombola em Oriximiná, no Pará.

Cerca de trinta quilombolas de diferentes comunidades de Oriximiná, no Pará, se reuniram para debater políticas públicas voltadas para a juventude e pressões e ameaças aos territórios quilombolas. O evento aconteceu de 18 a 19 de maio, em Oriximiná, no Pará. Representantes da Pastoral da Juventude também estiveram presentes.

A atividade é resultado de uma iniciativa da Comissão Pró-Índio de São Paulo (CPI-SP) em parceria com a Associação das Comunidades Remanescentes de Quilombos do Município de Oriximiná (ARQMO) e a Cooperativa do Quilombo (CEQMO).

As e os jovens puderam aprender sobre o funcionamento da política nacional e estadual e também sobre os órgãos que tratam do tema juventude. O município de Oriximiná não possui um Conselho de Juventude – espaço para a participação de jovens e diálogo com os órgãos da prefeitura responsáveis por políticas públicas dentro da temática.

 

Foto: acervo Comissão Pró-Índio de São Paulo.

De acordo com Rudnei Lopes Figueiredo, coordenador de Jovens da Associação das Comunidades Remanescentes de Quilombos do Município de Oriximiná (ARQMO), um dos objetivos do encontro foi fortalecer o movimento da juventude quilombola. “O encontro superou nossas expectativas, estamos trabalhando com a perspectiva de formar novas lideranças”, disse.

Quilombolas de Oriximiná

Em Oriximiná, vivem cerca de 10 mil quilombolas distribuídos em 37 comunidades rurais. Essas comunidades estão situadas às margens dos rios Trombetas, Erepecuru, Cuminã e Acapu. São descendentes dos escravos que, no século 19, fugiram de fazendas de Óbidos, Santarém, Alenquer e mesmo de Belém. De acordo com o Censo de 2010, quase 28% da população no município é composta por jovens – pessoas de 15 a 29 anos de idade.

Para Rudnei, esses momentos servem de incentivo aos jovens para se envolverem mais nas associações quilombolas. “Esses encontros acabam incentivando os jovens a virem participar mais, nós temos atividades mensais da ARQMO e queremos que a juventude participe.”

Texto e entrevistas: Bianca Pyl, assessora de Comunicação da Comissão Pró-Índio de São Paulo

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