De 21 a 24 de maio, em Santa Cruz de la Sierra, Bolívia, ocorrerá o evento internacional do Movimiento Regional por La Tierra que possibilitará a organizações de diferentes países trocar ideias e apresentar casos de acesso à terra entre si e também com o público boliviano. A Comissão Pró-Índio apresentará casos de titulação de Terras Quilombolas no Brasil.
O Movimiento Regional por La Tierra é uma iniciativa de articulação sobre a problemática agrária a partir do registro de casos bem sucedidos de acesso de acesso à terra e ao território. A ideia é mostrar a demanda pela terra como uma demanda contemporânea de um conjunto muito amplo e diversificado de população em cada um dos doze países da América do Sul.
A iniciativa é coordenada pela ICCO – Cooperação e pelo Instituto Para el Desarrollo Rural de Sudamérica (IPDRS) e conta com a colaboração da Comissão Pró-Índio de São Paulo (Brasil), da Fundación Tierra (Bolívia), Agrosolidaria (Colômbia), Sistema de La Investigación de La Problemática Agraria del Ecuador e Centro Andino de Acción Popular (Equador), Base Investigaciones Sociales (Paraguai) e Centro Peruano de Estudios Sociales (Peru).
Serão sistematizados mil estudos de caso sobre acesso e controle da terra e do território. A partir destes estudos de caso, busca-se refletir sobre o processo de restituição e distribuição de terras nos últimos doze anos, com o que se espera configurar um panorama suficientemente representativo e ilustrativo da situação do tema na região e das condições de vida, trabalho e demanda dos sujeitos.
De acordo com Oscar Bazoberry Chali, coordenador do Instituto para el Desarrollo Rural de Sudamérica (IPDRS), um dos objetivos do evento é a criação de um espaço de diálogo sobre o Movimento Regional para a Terra, além de divulgar os avanços na sistematização de casos de sucesso de acesso à terra na América do Sul e, eventualmente, fortalecer parcerias de trabalho para uma ação futura. “Haverá ainda uma visita ao Territorio Indígena Lomerío, um caso bem conhecido na Bolívia por ser uma das primeiras organizações que avançaram na gestão da terra”, disse em entrevista à Comissão Pró-Índio.
Haverá também um evento público na Universidad Autónoma Gabriel René Moreno de Santa Cruz, com a participação de estudantes, professores e convidados de instituições para compartilhar a problemática da terra nos diferentes países da América do Sul.
Acesse o site do projeto e saiba mais: http://www.porlatierra.org/