Lideranças de dez terras quilombolas e especialistas avaliam a questão e discutem processos de controle e gestão das florestas pelas comunidades, em parceria com o governo e a sociedade.
 
Para combater o desmatamento nas florestas tropicais é necessário entender como ele ocorre e buscar alternativas. Com esses objetivos e para avaliar o que está ocorrendo em diversas terras quilombolas do Pará, representantes das comunidades do Estado participam, na próxima semana, em Belém, da oficina “Terras quilombolas e exploração madeireira”.
 
O evento está sendo promovido pela Malungu – Coordenação das Associações as Comunidades Remanescentes de Quilombos do Pará e pela Comissão Pró-Índio de São Paulo (CPI-SP). Conta com o apoio do Imaflora (Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola) e das agências de cooperação para o desenvolvimento Christian-Aid e ICCO. Ocorrerá no Hotel Beira Rio, na av. Bernardo Sayão, 4804, em Belém e é aberto à imprensa no dia 27 de abril (próxima quarta-feira). 
 
Temas
Na quarta-feira, das 8:30 às 10 hs, haverá o painel de debate com o tema “Derrubar árvores e manejo florestal: qual a diferença?” Participam Ana Luisa Violato Espada, do Instituto Floresta Tropical; Talia Manceiro Bonfante,  do Imaflora; Adriana Bariani, do Serviço Florestal Brasileiro; e o diretor do Ideflor (Instituto de Desenvolvimento Florestal do Estado do Pará), José Alberto Colares. Após as exposições, debates abertos até as 12 horas. 
 
O segundo painel de debates ocorre das 14:30 às 16hs e tem como tema “A Exploração Madeireira na Amazônia – causas e conseqüências da ilegalidade”. O procurador do Ministério Público Federal Felício Pontes JR, Malu Vilella, coordenadora da Rede de Amigos da Amazônia da Fundação Getúlio Vargas, e Dennys Pereira, chefe da Divisão Técnica/Superintendência do Ibama PA, são expositores nesse painel que conta com o representante do Imazon (Instituto do Homem e do Meio Ambiente da Amazônia), André Monteiro. Após as exposições, debate até as 18 horas.
 
O processo de desmatamento nas florestas tropicais, em particular na Amazônia, vem preocupando a comunidade científica tanto pela perda de sua biodiversidade como pelos possíveis impactos sobre o clima mundial. Os que guardaram esse patrimônio da humanidade por séculos querem discutir alternativas econômicas diante da necessária preservação. Este evento em Belém visa essa reflexão e a busca de soluções para o desmatamento.
 
 
Railda Herrero – 011 8329 9590 – comunicacao@cpisp.org.br