Fonte: Jornal da USP
Buscando compreender as comunidades quilombolas contemporâneas que se tornaram reconhecidas pelo Estado, a antropóloga Daniela Perutti desenvolveu o livro Tecer Amizade, Habitar o Deserto: Território e Política no Quilombo Família Magalhães. O livro é resultado de sua tese de doutorado desenvolvida na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP. “Eu queria estudar uma comunidade específica e a sua relação com o Estado. Como se davam essas negociações para o reconhecimento, como se davam os mal-entendidos e todo o processo”, conta a autora, que atualmente é pós-doutoranda em Políticas Públicas no Instituto de Estudos Avançados (IEA), onde também integra o GT USP de Combate à Fome. A motivação de Daniela surgiu quando ela passou a integrar a Comissão Pró-Índio de São Paulo, trabalhando no monitoramento das políticas públicas para comunidades quilombolas em 2004
A Comissão Pró-Índio de São Paulo (CPI-SP) disponibiliza em seu site um grande banco de dados chamado Observatório de Terras Quilombolas. São informações a respeito de 1.951 terras quilombolas monitoradas pelo grupo, que procura auxiliar na luta pela titulação. Além disso, o site conta com informações acerca do próprio processo legal para a titulação com detalhes e particularidades.