O vídeo apresenta também algumas das expectativas para 2023, como a da quilombola Maielza Souza: “Eu espero que, com o Lula, a gente consiga trazer de volta a proteção para a Amazônia”
Encerrando mais um ano de atividades, convidamos quilombolas, indígenas e ribeirinhos(as) para avaliar o trabalho conjunto com a Comissão Pró-Índio em 2022. O vídeo apresenta depoimentos de 13 integrantes de comunidades onde a CPI-SP atua no litoral sul de São Paulo e no norte do Pará.
Entre as atividades destacadas está o “ciclo de formação sobre o voto consciente”. “A gente conseguiu realmente chegar a essas comunidades, essas lideranças, e levar para eles a mensagem do voto consciente. E isso gerou um resultado grande dentro do próprio município e das próprias comunidades” avalia Redinaldo Alves da Silva, Coordenador de Articulação na Associação das Comunidades Remanescentes de Quilombos do Município de Óbidos.
Foi lembrada também a importância das rodas de conversas mensais entre mulheres quilombolas e ribeirinhas de Óbidos e Oriximiná que contaram com 159 participantes. Cristiane Cohen, da comunidade ribeirinha Saracá (Oriximiná) explica como se dão esses momentos de troca “com as reuniões das mulheres, a gente começa a conversar, e aí cada uma tem uma oportunidade de expressar o que está sentindo, assim, a gente como mulher, e de entender também a nossa posição, né?” E Cristiane aponta os impactos dos encontros “levanta nossa autoestima, né? A gente se sente bem”.
Já Catarina, Lenira e Lilian da Terra Indígena Piaçaguera (SP) destacaram a importância do processo de construção do Plano de Gestão Territorial e Ambiental (PGTA) do território iniciado esse ano. “Então, com esse PGTA, eu vejo que é para melhorar o que a gente já faz, já vem fazendo há um tempo, né?” avalia Lilian Tupã Rendy. E Lenira Djatsy complementa “Eu acho que vai ter muita gente se importando com isso sim. Eu sou uma delas lá de linha de frente já. Eu acho que vai ser um trabalho muito lindo, muito poderoso nesse intuito de fortalecimento”.
Por fim, Josiane Correia Lopes do Quilombo Patauá do Umirizal (Óbidos) compartilhou suas expectativas para o próximo ano: “O que eu mais desejo para nossa comunidade é regularizar os nossos territórios. Não é só deixar que nós elegemos o nosso presidente, e deixar que ele vai fazer tudo, né? A gente tem que cobrar, a gente tem que ir para cima, para fazer valer e ter uma conquista dentro desses quatro anos, né? Que os nossos povos precisam do nosso território reconhecido e titulado. Então é isso. Que venha 2023!”.
Confira o vídeo completo.