No encontro de novembro, refletimos como o racismo e o machismo afetam a vida das mulheres
“Esse grupo se reúne uma vez por mês para discutir assuntos de relevância para mulheres, quilombolas e ribeirinhas, de Oriximiná e Óbidos. É importante porque a gente consegue conversar, se comunicar melhor, conhecer outras coisas e ainda receber novas informações” explica Maielza dos Santos Souza que vive no Quilombo Pancada, em Oriximiná. “Quando eu participo, vejo o que está acontecendo em outras comunidades e acredito que é importante para nós mulheres, para que a gente possa estar conhecendo certas coisas, como bem hoje, racismo e machismo, coisas impregnadas na sociedade que atingem muito nós mulheres” complementa a liderança quilombola.
Desde final de 2020, a Comissão Pró-Índio (CPI-SP) facilita as rodas de conversa entre mulheres quilombolas e ribeirinhas conectadas a partir de diferentes pontos de internet mantidos com o apoio da CPI-SP. Na reunião realizada na manhã do último sábado (26/11), a conversa contou com a participação de 38 mulheres de 9 comunidades.
“Essa roda de conversa só vem nos fortalecer, entender que essa coisa [machismo] ficou para trás, que a gente pode ter uma liberdade de decidir. Acredito que as mulheres estão satisfeitas pelas palavras, pela conversa que tivemos, só agradecer mesmo, por tudo” avalia Cristiane Cohen, da comunidade ribeirinha Saracá (Oriximiná).