Em reunião com governadores da Amazônia, Bolsonaro voltou a criticar as Terras Quilombolas e Indígenas e afirmou que “uma das intenções das demarcações é inviabilizar o país no campo econômico”
Terras Quilombolas e Indígenas são escudos contra o desmatamento. Imagem: Terra Quilombola Erepecuru em Oriximiná, Pará. (Foto: Carlos Penteado)
O aumento das queimadas é a consequência mais visível do desmonte da política ambiental promovido pelo governo Bolsonaro. Além de enfraquecer a fiscalização ambiental, Bolsonaro vem incentivando publicamente a ocupação predatória da Amazônia.
O governo negligenciou os alertas de desmatamento, questionando os números do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Depois acusou, sem qualquer prova, as ONGs pelas queimadas, buscando desviar a atenção das reais causas do problema e criminalizar as organizações da sociedade civil.
Ontem (27/08), em reunião que deveria discutir o combate ao desmatamento e às queimadas, Bolsonaro atacou as Terras Quilombolas e Indígenas sugerindo que prejudicam o país e inviabilizam o agronegócio. A afirmação desrespeita esses povos e afronta a Constituição brasileira que determina a titulação das Terras Quilombolas e a demarcação das Terras Indígenas.
Terras Quilombolas e Indígenas não são “problema”, são solução para a Amazônia. Regularizar e proteger as Terras Quilombolas e Indígenas são medidas que, além de assegurar os direitos desses povos, contribuem com o combate do desmatamento e o enfrentamento da crise climática.