“Uma notícia dessa dá um alívio tão grande! Essa terra é importante não só para a gente, mas para os nossos filhos e netos”, Lilian Gomes, liderança da terra indígena Piaçaguera
Aldeia Piaçaguera – Foto: Carlos Penteado
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“Agora é pedir para Nhanderu para trabalharmos na terra e cuidar com muito carinho, vivendo nossa tradição, protegendo e se unindo. Que Nhanderú nos abençoe! ”, Catarina Delfina, liderança da terra indígena Piaçaguera.
Além de Piaçaguera, foi homologada a terra indígena Pequizal do Naruvôtu (MT), do povo Naruvotu, criada a reserva indígena Aldeia Kondá (SC), do povo Kaingang, e declarada a terra indígena Taunay/Ipegue (MS), do povo Terena. As publicações de hoje reforçam o pacote de terras indígenas que o Governo Dilma vem publicando nas últimas semanas.
“Essa notícia é a realização de um sonho. Com essa homologação seremos muito mais respeitados”., Lenira Djatsy Oliveira
Como as outras terras indígenas localizadas em municípios litorâneos do estado de São Paulo, em que as atividades e os empreendimentos ligados ao turismo e ao lazer constituem base importante da economia local, a urbanização litorânea e a especulação imobiliária são vetores de pressão sobre Piaçaguera. A Rodovia Padre Manoel da Nóbrega divide em duas glebas a terra indígena, por exemplo.
A situação de vulnerabilidade é agravada pela mineração de areia que ocorreu na área desde os anos 1960. A extração destruiu consideravelmente a vegetação nativa da terra, o que dificulta a coleta de material para o artesanato e a realização de roçados pelos índios.
A Comissão Pró-Índio de São Paulo desenvolve atividades com Piaçaguera desde 2013, e atualmente tem atuado junto com os índios na melhora da alimentação escolar servida nas escolas presentes dentro da terra indígena. Buscando que esta seja composta de alimentos saudáveis e que respeitem sua cultura alimentar.
*Atualizada no dia 03/05/2016 – 09h30