A agenda de oficinas e reuniões facilitadas pela CPI-SP viabilizará a construção coletiva das diretrizes para a gestão territorial da TI Piaçaguera

Lideranças de oito aldeias discutem o Plano de atividades de 2023 – PGTA Piaçaguera (Foto: Igor Scaramuzzi)

O novo ano na Terra Indígena Piaçaguera começou a todo vapor. Na última sexta-feira, dia 03 de março, lideranças de oito aldeias do território se reuniram com representantes da Comissão Pró-Índio de São Paulo para discutir o plano de atividades e cronograma que vão constituir o processo de construção coletiva do Plano de Gestão Territorial e Ambiental (PGTA).

A liderança e professora Lilian Tupã Rendy, da Aldeia Piaçaguera (sede do Encontro), aponta a importância do seguimento das atividades: “Precisamos nos fortalecer mais para as batalhas que virão no futuro. Precisamos continuar nosso trabalho e participar bem dos trabalhos do PGTA”.

A partir das oficinas de sensibilização e formação realizadas no ano de 2022, as lideranças definiram seis temas estruturantes para o PGTA: “proteção de gestão territorial”; “sustentabilidade e geração de renda”; “articulação entre as aldeias e acordos intercomunitários”; “relação com atores não indígenas”; “educação escolar indígena, saúde, espiritualidade e fortalecimento cultural” e, “juventude e público LGBTQIA+”. Ao longo de 2023, cada um dos temas será debatido em uma série em encontros virtuais e presenciais.

Terra Indígena Piaçaguera: o verde cercado pela área urbana (Foto: Carlos Penteado)

A professora Cunhã Tawdju, que esteve também nas reuniões de formação, avalia o processo de discussão do Plano: “Cada vez mais o trabalho e os temas do PGTA estão ficando mais claros, começamos já a direcionar mais as discussões e tratar de temas específicos”.

O PGTA é uma importante ferramenta de planejamento interno das comunidades e também de diálogo entre os indígenas e o Estado, e parceiros. Os PGTAs fazem parte da Política Nacional de Gestão Territorial e Ambiental de Terras Indígenas (PNGATI), instituída no Brasil em 2012. Com o Ministério dos Povos Indígenas espera-se que a política possa ser retomada e implementada nos territórios.

A atividade foi promovida pela CPI-SP com o apoio da Embaixada da Noruega.

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