Caminhos da história dos Tupi Guarani e da Terra Indígena Piaçaguera

Nova publicação da Comissão Pró-Índio apresenta informações sobre a história de resistência dos Tupi Guarani em São Paulo.

Na noite dessa segunda-feira, 04 de abril, a Comissão Pró-Índio de São Paulo reuniu convidados(as) para um bate-papo online que marcou o lançamento de sua mais nova publicação “Caminhos da história dos Tupi Guarani e da Terra Indígena Piaçaguera”.

O livro, de autoria do antropólogo Igor Scaramuzzi, procura tornar mais conhecida a história da ocupação e da resistência dos Tupi Guarani no litoral paulista diante do processo de expropriação territorial imposto a esse povo com o advento da “colonização”. “Observei na minha pesquisa que há poucos trabalhos antropológicos e históricos sobre eles. E pude perceber, ao longo nas conversas do PGTA e nos trabalhos de antropologia produzidos, que é um assunto muito importante para os Tupi Guarani nos dias de hoje”, conta o autor.

No evento, Lenira Djastsy ressaltou a importância da publicação: “Esse trabalho veio para fortalecer a gente da terra indígena que busca por muito tempo o nosso reconhecimento e fortalecimento”. A professora e liderança da Aldeia Nhamandu Mirim complementa “o povo indígena, para dar continuidade na sua vida e manter a sua essência, tem que ter uma história: por onde a gente passou, o que a gente fez e o que a gente vai deixar para os próximos, para nossa descendência continuar em segurança com a família e com a nossa terra”.

A publicação é parte das iniciativas desenvolvidas pela Comissão Pró-Índio em parceria com as moradoras e os moradores da Terra Indígena Piaçaguera para construção do Plano de Gestão Ambiental e Territorial daquele território. Processo cuja importância foi destacada por Lilian Tupã Rendy, professora e liderança da Aldeia Piaçaguera, no lançamento: “nas reuniões que já ocorreram discutimos assuntos importantes, uma delas as invasões na Terra Indígena, que é uma coisa que preocupa muito a gente. Queremos fazer um trabalho de reflorestamento, de preservação de nosso território. E esse trabalho, esses encontros são para discutir estratégias”.